sábado, 19 de maio de 2012

Hermann Goering - O Ladrão de Arte


As guerras estão sempre associadas a matanças, mas também a pilhagens. O motivo porque muitas vezes foram desencadeadas foi para pilhar cidades ou povos inteiros. O que tem mudado é a retórica dos invasores, mas as práticas são sempre as mesmas. Neste domínio são raríssimos os povos inocentes. Os romanos pilharam os bárbaros para os civilizarem. Os povos muçulmanos e cristãos pilharam-se entre si sobre o pretexto de exterminarem infiéis, idolatras, etc. Parte do produto destes saques constituem hoje o espólio dos principais museus do mundo e de inúmeras colecções privadas. 
(In, confrontos.no.sapo.pt)


Fotos de William Vandivert

Soldados americanos carregam um camião com tesouros de arte recuperadas em Unterstein, Alemanha. Abril 1945.

«Durante a marcha nazi em toda a Europa, milhares de obras de arte e antiguidades de valor inestimável foram sistematicamente saqueadas. A pilhagem também era amplamente praticada pelos aliados. O roubo de objectos valiosos foi uma prática mais comum do que se possa imaginar e respondia pelo elegante nome de “Espólios de guerra”. O exército alemão, durante a 2ª.Guerra Mundial (1939-1945) foi dos mais sistemáticos nos crimes que praticou. Seguindo o exemplo francês organizou  vastas equipas de especialistas em história de arte para seleccionarem as obras que deviam ser confiscadas aos judeus e nos países que ocuparam. Os soviéticos e os "aliados" levaram por sua vez muitos dos despojos de guerra da Alemanha, convenientemente misturados com obras de arte que os nazi haviam pilhado a outros países. Mais recentemente a invasão do Iraque pelos EUA e a Grã-Bretanha, continuou a longa prática histórica de pilhar os povos invadidos.

Soldados americanos recolhendo obras de arte roubadas e escondidas em carruagens de comboio. E, soldados do 101 ª Divisão Aerotransportada recolhe obras de arte de um bunker. Alemanha, Abril 1945.

O maior ladrão de todos os nazis era Goering, chefe da Luftwaffe, a aviação alemã. Os roubos que praticava, era para exibir em festas que dava em sua casa e a maioria (as mais valiosas) escondia em locais improváveis, um pecúlio para o futuro. Em maio de 1945, depois da queda da Alemanha nazi, alguma da colecção de obras de arte roubadas por Hermann Goering, de valor incalculável, foi descoberta em uma mina de sal abandonada. A colecção, que ficara anos escondida na escuridão da velha mina contava com 1200 quadros raros, entre eles, “Mulher surpreendida em Adultério”, assinado por Johannes Vermeer, mestre holandês do século XVII, um dos maiores pintores de sempre.

Hitler cumprimentando Goering em 1938 e pintura de Vermeer, “Mulher surpreendida em Adultério” (que era uma falsificação) , pouco depois de ser resgatada. Alemanha, 1945.


O que distinguia a pintura de Vermeer, das demais obras é que aquele quadro em especial era o único que o oficial nazi não havia roubado. Goering, era um homem rico e tinha adquirido o quadro do mestre holandês em Amsterdão. Algum tempo depois, uma investigação da policia holandesa  a um falsário de nome Hans van Meegeren, trouxe ao de cima a verdade: o quadro era falso, e também veio a descobrir-se que o dinheiro que os nazis deram ao falsário era falso também.» Ler Aqui sobre Hans van Meegeren  
(texto elaborado a partir de olavosaldanha.wordpress.com, confrontos.no.sapo.pt e repensandodiferente.blogspot.pt)


 Pinturas recuperadas da colecção de arte de Hermann Goering. Alemanha 1945. 

  Pinturas recuperadas da colecção de arte de Hermann Goering. Alemanha 1945. 

  Pinturas recuperadas da colecção de arte de Hermann Goering. Alemanha 1945. 

  Pinturas recuperadas da colecção de arte de Hermann Goering. Alemanha 1945. 

  Pinturas recuperadas da colecção de arte de Hermann Goering. Alemanha 1945. 

O roubo do século
por Zevi Ghivelder



«(...) Herman Goering, o segundo homem do Reich, foi um dos mais perversos criminosos de guerra e responsável por algumas das mais atrozes violações dos direitos humanos. Entretanto, este auto-intitulado marechal tinha um sofisticado prazer de se fazer rodear por obras de arte que, por ordem sua, foram roubadas de museus e de propriedades particulares em toda a Europa ocupada. Essas pinturas e esculturas estiveram em exibição, para os altos círculos do poder nazista, em sua casa de campo em Carinhall, perto de Berlim. Depois de sete anos de pesquisas exaustivas, Nancy Yeide, curadora da National Art Gallery, em Washington, lançou, em 2005, um livro sobre a coleção de Goering, no qual constata que o chefe nazi apoderou-se de cerca de 2 mil obras de arte. A autora revela que, quando as tropas aliadas começaram a combater dentro da Alemanha, Goering embarcou em dezenas de vagões de trens seu saque milionário, no qual havia uma quantidade desproporcional de nus artísticos direccionados à Áustria. Entretanto, já era tarde. Os norte-americanos interceptaram os comboios e remeteram as artes saqueadas para a cidade de Munique, onde fizeram um primeiro inventário. Em seus levantamentos, a curadora concluiu que centenas de pinturas e esculturas roubadas por Goering e outros nazis haviam sumido em meio ao caos do fim da guerra. Aos poucos, essas obras foram aparecendo, inclusive duas telas de Matisse, que pertenciam ao marchand parisiense judeu, Paul Rosenberg, e que hoje se encontram na National Art Gallery, “de forma ilegítima”, conforme ela acentua. Outro saque de Goering, a famosa tela Retrato do Dr. Gachet, de Van Gogh, apareceu de forma surpreendente em um leilão realizado em Tóquio, em 1990, onde foi arrematada por US$ 82.500 milhões, um recorde para a época. (...) A pilhagem nazi estendeu-se até a União Soviética, depois desta ser invadida, em 1940, compreendendo museus, propriedades particulares, igrejas e sinagogas, com destaque especial para o palácio de verão de Catarina, a Grande, de onde foram levadas todas as riquezas existentes no deslumbrante Salão de Âmbar. Os alemães desmontaram o salão e o reconstruíram no castelo de Königsberg, que foi diversas vezes visitado por Hitler. (...)» 
(In, morasha.com.br)


(Fotos de William Vandivert e LIFE Archive)




1 comentário:

  1. Artigo escrito por criminosos parasitas que escondem que os bandidos soviéticos e americanos saquiaram a Alemanha e ainda roubaram os cientistas alemães como Wernher von Braun, e os Foguetes nazistas V-1 e V-2! Depois esses criminosos aí acima mentem que Göring era ladrão! Pra o inferno com as suas mentiras holocau$ticas!

    ResponderEliminar